domingo, 27 de outubro de 2013

(à um ano atras)
Caminhei horas sem fim por aquela ponte.
Comecei a ser acolhida pela luz dourada do por do Sol. Senti-me confortável mas ao mesmo tempo cansada por estar já à tanto tempo a caminhar. Parei. Adormeci.

Aquela Ponte separava o meu passado do meu futuro e só naquele instante me apercebi que ela seria o meu presente. Nele não via nada. Só lá estava eu.

Acordei. Levantei-me. Percebi que o presente era eu.


Dá tempo ao tempo

Não me reconheço. Queria poder ter mais tempo e não consigo.
Vivemos tão acelerados em busca de um futuro que esquecemo-nos do presente, esquecemo-nos de nós, esquecemo-nos do mais importante. É verdade que as coisas estão em constante mudança, mas tenho saudades da pessoa que era à uns anos atrás, das coisas que me rodeavam, das pessoas com quem convivia… Agora, as coisas estão diferentes, e tão rápidas que quase não tenho tempo de as sentir. Mas à partida, está tudo bem, porque foi aquele caminho que trilhei. Só que, “as coisas estão em constante mudança” e deixei de ter a certeza se o caminho que trilhei é assim tão seguro.

Acho que, pelo que tenho visto, a melhor forma de ganhar tempo, visto que não tenho poderes especiais, é pôr em tudo o melhor de mim, fazendo as coisas da melhor maneira que sei.