quinta-feira, 7 de julho de 2022

Porquê?


Tantos porquês não respondidos

Porquê uma conta detalhada de 3000€?
Porque é que uma tirou um curso e a outra não?
Porque é que foi posta fora de casa?
Porque é que o pai foi embora?
Porque é que é desvalorizado?
Porque é que é pressionado?
Porquê uma renda?
Porquê uma relação passiva-agressiva?
Porque é evitado?


E podia continuar, preciso de respostas. Tentei ignorar, enterrar, mas é demasiado fundo e doloroso para o fazer num estalar de dedos e nem tenho de me sentir obrigada a o fazer. Não tenho que.

Sempre tentei compensar com outras coisas ou pessoas. Eu tenho o poder, e faço o que me faz sentido não porque sou forçada a tal. É só isso, já faço tudo o que consigo agora. Amanhã? Não sei! Contudo, preciso de respostas.

terça-feira, 9 de junho de 2020

Prioridades


A determinação é meio caminho andado para seres feliz.

Não vale a pena culparmos alguém ou algo pela nossa infelicidade porque só há uma pessoa responsável por isso, tu! eu! nos!

Temos de nos focar nas nossas prioridades e agarrar toda a nossa determinação rumo a elas.

Quantas vezes das por ti a dizer "hoje e que vai ser", "este ano vou fazer..," . Provavelmente, demasiadas! nunca te esqueças disso, tu és a prioridade!
Então está tudo nas tuas mãos. Abre-as. Recebe o que tu queres, fecha as com a tua maior força e desejo de as agarrar e voa.

Voa ate onde quiseres.
Sonha ate onde puderes. 
luta até onde conseguires.

Não te deixes ficar num lugar que não é teu, num lugar onde te deixaram e te fizeram acreditar em regras que não te pertencem. A culpa , neste caso, não é tua. contudo, se escolheres ficar num sitio que não sentes ser teu, nesse caso, a culpa é inteiramente tua!

O que te quero transmitir é que o limite é a vontade,
isto que se passa aqui, tem nome, chama se vida! Todos sabemos que a vida não é um conto de fadas, ainda bem!!!

Cada acontecimento menos bom, e que nos possa até puxar para baixo, qualquer um desses são motivos para nos determinarmos a ultrapassar um desafio. E desafiados somos todos basta estarmos vivos.É esta determinação que, para alem dos nossos limites faz toda a diferença. São eles que nos levam a nós.


Mas atenção, Não devemos em momento algum desprezar um obstáculo, porque ele  traz muitas coisas boas. uma será decifrar o porquê de aparecer aquele obstáculo, podemos sempre tirar uma lição do que nos acontece, isto se não vivermos em modo automático. Convém que não. espero que não.

Outra prioridade máxima que deves ter em conta é viver o presente, caso contrario, peço desculpa mas não vives presente.

E a tua ausência, a tua forma de (sobre)viver começa a apagar te. Faz com que entres num ciclo confortável e vicioso que em nada te faz ser uma pessoa melhor.
Não é isso que queremos porque afinal de contas há sempre algo que conseguimos melhorar em nós... a nossa teimosia, a preguiça, o orgulho e ego, mas estas melhorias só tu podes sentir se precisas de melhorar, só tu vives e lidas com a tua vida e portanto é impossível alguém dizer te o que tens de melhorar, se não, não precisas de pessoas a tua volta para seres o maior. Mentira as pessoas são fundamentais para perceber que não queremos ser como temos sido até ali em determinados aspectos

Todos sabemos que é muito mais fácil e automático julgar as outras pessoas pelos seus defeitos. mas esquecemos que maior parte das pessoas que nós julgamos são um reflexo nosso. Por isso, para de te julgar , age mais. analisa as tuas prioridades

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Mundo privado

Há quem diga que tudo está destinado e que não existem coincidências. Eu acredito nisso pelas pessoas que já conheci, pelos momentos que vivi, pelos pensamentos em que acreditei e pelas acções praticadas, que me trouxeram tanta coisa. Coisas boas. Coisas más. Todas preciosas.

Há quem tenha o poder de ler os meus pensamentos sem sequer dizer uma palavra, será isso o conceito de alma gémea? talvez seja, mas acho que nunca se saberá. E eu não me preocupo de não saber. Há coisas que não estão nas minhas mãos. E está tudo bem.

A verdade é que me fazes perder as rédeas, fazes-me ter reacções aleatórias e injustificáveis, perder totalmente a lógica! Mas é bom. Sabe bem. Se me faz bem então que permaneça, nem que seja até ao ponto de realmente ficar.

E permanecer é sonhar.
Neste mundo, sonhar é coisa de louco. Se assim for, então posso ir directamente para um hospício.
Só não me limitem a deixar de viver com esperança e com beleza.

Estar-se vivo é o nosso maior compromisso, não podemos deixar que a realidade das portas da morte nos faça ter noção disso. Tens de te lembrar disso todos os dias, quando acordas para mais um dia, precioso no teu caminho.

Por vezes penso que é melhor ficar no meu canto, claro que sim. Mas que piada tem manter-me apenas na minha zona de conforto?

Se é para ir, que seja com tudo. Se me vão ferir? Se me vão fazer mal? que seja. Não quero, nem vou, mudar a pessoa que sou em prol seja do que for. Pelo menos enquanto sou responsável apenas por mim!

Quanto tempo é preciso para nos apaixonarmos? Será que isso está determinado? É uma questão de bom senso?
Não. É o que é. Só o teu mundo sabe no que acredita.

Quem vem de fora precisa de uma password , ele é privado.

Existe um ponto de partida, mas não temos hora de chegada.














quinta-feira, 19 de julho de 2018

Borboleta



" Se não tirares o bicho da seda da sua zona de conforto... se não lhe tirares o tapete... não saberá que é uma borboleta e que pode voar"

Apoiando-me nesta frase, que chegou até mim à breves dias, começo a gerir as adversidades pelas quais todos passamos.
São de facto necessárias, sem isso não usufruíamos da nossa evolução. E quem seríamos nós se não evoluíssemos?!
Quantas vezes já não te perguntas-te "porquê eu?". Provavelmente, demasiadas vezes . Mais do que devias. Mais do que gostarias.

Tenta relativizar esses pensamentos, ser menos egocêntrico. Existe paisagem alem do teu umbigo! Há outras quantas pessoas a passar pelo mesmo. Sim, pelo mesmo. E tantas outras a passar por algo, de facto, semelhante.

Quantas borboletas já passaram pela fase de metamorfose? Não foste só tu.
Se relativizares certas coisas, tornam-se mais claras na tua cabeça e, nesse momento podes arruma-las ou simplesmente deixa-las andar por la, desde que estejam esclarecidas para ti e em ti.



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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A arte dos pensamentos silenciosos

A arte sempre foi uma terapia para mim. Pintar, representar, cantar e escrever.

Gosto de dar voz a quem ou ao que não pode ter uma voz.

Os meus pensamentos estão nesta cabecinha barulhenta e ao mesmo tempo silenciosa para a sociedade.
Eu até sou uma pessoa que, por norma, diz o que pensa mas há sempre pensamentos barulhentos que , lá está, não tem coragem de ganhar voz quando são expostos de forma tão indefesa à selvajaria que nos rodeia. Então eu dou-lhes voz nas palavras que escrevo.
Os pensamentos são perigosos e preciosos. Perigosos na medida em que podem nos levar por um caminho que não é nosso, ou pelo menos verdadeiramente nosso. Preciosos quando nos incentivam, a , ao contrário dos perigosos, a ser precisamente nós.
Estes últimos normalmente perdem a coragem e, levam algum tempo a ganha-la para ganhar som através dos nossos lábios. Nem sempre é fácil mete-los em prática. Porque, hoje em dia, é preciso uma força de vontade real para sermos fieis a nós próprios, coragem e foco.
Tal como a arte é difícil ter um futuro risonho quando saímos fora do rebanho. Mas porquê? Não tem de ser assim. Nem para a arte, nem para a veracidade de nós mesmos.

Essencialmente porque temos de usar de forma certa os nossos ... pensamentos.
Temos de os fazer ser úteis.
Temos de os fazer sentirem-se nossos.
Temos de os praticar.

À que por em prática a Arte. Ainda mais senti-la. E preciosamente, ser Arte. Sermos nós.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Muito simples

Na verdade, o teu problema é já ninguém pensar como tu. Já ninguém sentir como tu. Já ninguém sonhar como tu. Ao fim ao cabo, o teu problema é teres o coração numa época que já não te pertence. Numa época em que as rosas foram substituídas por emojis 🌹, em que cartas de amor se transformaram num link de um blog romântico, o "para sempre"  só parece existir na ficção. Numa época em que as grandes vitórias são partilhadas no Facebook e passam despercebidas no "face to face".
Parece muito simples viver assim... Mas não quando sentes pertencer a outra época.

domingo, 4 de junho de 2017

O meu copo

Um dia a vida obriga nos a parar. Normalmente é quando menos dá jeito. Nunca é oportuno porque temos de trabalhar para pagar as contas do mês, a renda da casa, as listas de compras no supermercado, os convites de amigos, etc. Mas é importante, que no corropio do nosso quotidiano haja tempo para parar e conversar connosco. Perceber se somos realmente felizes, ou se vamos sorrindo por educação.
Fui obrigada a parar, como já tinha dito, mas vou tentar explicar porquê.
A cerca de 2 anos mudei me para Lisboa com o intuito de tirar o meu curso enquanto trabalhava para juntar dinheiro para o pagar.
Fui. Mas os planos que tinha na bagagem de quando embarquei nesta aventura, rapidamente foram esquecidos com as responsabilidades de uma vida rotineira, do que falei no início...
Muitas coisas boas aconteceram, mas as más parece que decidiram ir surgindo todas umas a trás das outras e ganhando um peso enorme em mim...
Havia uma incompatibilidade enorme entre a minha mãe e a minha irmã, O meu pai foi parar ao hospital, de seguida a minha avó. O meu pai acaba por ir sobrevivendo numa cama de hospital até hoje. A minha avó acabou por falecer. E faleceu precisamente no dia em que fazia 3 anos que uma grande irmã minha, também me tinha deixado.
O tempo passava e eu não conseguia por dinheiro de parte para o meu curso.
Nunca me debrucei muito sobre todas estas emoções, porque as desvalorizava. Pensava também que toda a gente passa pelo mesmo e eu não sou diferente, por isso tinha o dever de conseguir lidar com isto tudo, mas no final do ano de 2016 o meu corpo começou a dar sinais.
Em Outubro tive uma convulsão, em Dezembro só me apetecia dormir e começava a fazer me impressão estar num sitio com muita gente. Os meses de Janeiro a Abril estão de forma muito ténue na minha memória.. Mas Maio está bem presente. Além de ter cometido um dos erros mais estúpidos da minha vida, que foi o de ter a cobardia e o egoísmo de ter deixado o meu comandante para trás, julgando que não era justo alguém ser contaminado com este caos, também Foi neste mês que a vida me obrigou a Parar.
Dei por mim a não conseguir acordar com vontade de viver, a não conseguir ir da cama à casa de banho, ou a qualquer outro lado, sem me agarrar às paredes e sem que as minhas pernas tremessem que nem varas verdes como se de um grito de ajuda se tratasse. E no dia 26 do mesmo mês encontrava me nas Urgências do Hospital de Portimão sem conseguir lidar com... Na realidade, Sem conseguir lidar com nada.
A médica disse me que era síndrome vertiginoso, ansiedade, ataques de pânico e indícios de depressão.
"Ansiedade? Ataques de pânico? Depressão?!?! Não, devem é estar malucos... " Era o eco de questões que tinha na minha cabeça. As pessoas que me são mais queridas falavam e eu mal as conseguia ouvir porque estas eram as questões que ocupavam a minha mente e não davam sequer espaço para as soluções que me eram apresentadas.
Foi-me dada uma baixa médica e recomendado que ficasse em repouso absoluto durante 2 semanas.
Chorei muito por ter de o fazer, às vezes ainda choro... Porque deixei a minha vida TODA em suspenso.
Mas fui aceitando que tinha de parar. E fui tentando conversar com a minha mente, com o meu consciente, com o meu inconsciente, com o meu ego, com o meu orgulho e com o meu coração.
As coisas finalmente estão a ficar claras para mim.
Todos nós temos a nossa tolerância. Gosto de o ver como um copo. Esse copo vai enchendo... se não o esvaziar mos de vez em quando, existe um dia que, basta uma gota de água para ele transbordar.
O meu grande problema, foi não ir esvaziando esse copo.
E com os erros aprendemos sempre uma lição. A minha é: se o meu copo começar a encher (porque é natural que aconteça) não posso levar muito tempo a esvazia lo.