terça-feira, 11 de setembro de 2018

Mundo privado

Há quem diga que tudo está destinado e que não existem coincidências. Eu acredito nisso pelas pessoas que já conheci, pelos momentos que vivi, pelos pensamentos em que acreditei e pelas acções praticadas, que me trouxeram tanta coisa. Coisas boas. Coisas más. Todas preciosas.

Há quem tenha o poder de ler os meus pensamentos sem sequer dizer uma palavra, será isso o conceito de alma gémea? talvez seja, mas acho que nunca se saberá. E eu não me preocupo de não saber. Há coisas que não estão nas minhas mãos. E está tudo bem.

A verdade é que me fazes perder as rédeas, fazes-me ter reacções aleatórias e injustificáveis, perder totalmente a lógica! Mas é bom. Sabe bem. Se me faz bem então que permaneça, nem que seja até ao ponto de realmente ficar.

E permanecer é sonhar.
Neste mundo, sonhar é coisa de louco. Se assim for, então posso ir directamente para um hospício.
Só não me limitem a deixar de viver com esperança e com beleza.

Estar-se vivo é o nosso maior compromisso, não podemos deixar que a realidade das portas da morte nos faça ter noção disso. Tens de te lembrar disso todos os dias, quando acordas para mais um dia, precioso no teu caminho.

Por vezes penso que é melhor ficar no meu canto, claro que sim. Mas que piada tem manter-me apenas na minha zona de conforto?

Se é para ir, que seja com tudo. Se me vão ferir? Se me vão fazer mal? que seja. Não quero, nem vou, mudar a pessoa que sou em prol seja do que for. Pelo menos enquanto sou responsável apenas por mim!

Quanto tempo é preciso para nos apaixonarmos? Será que isso está determinado? É uma questão de bom senso?
Não. É o que é. Só o teu mundo sabe no que acredita.

Quem vem de fora precisa de uma password , ele é privado.

Existe um ponto de partida, mas não temos hora de chegada.














quinta-feira, 19 de julho de 2018

Borboleta



" Se não tirares o bicho da seda da sua zona de conforto... se não lhe tirares o tapete... não saberá que é uma borboleta e que pode voar"

Apoiando-me nesta frase, que chegou até mim à breves dias, começo a gerir as adversidades pelas quais todos passamos.
São de facto necessárias, sem isso não usufruíamos da nossa evolução. E quem seríamos nós se não evoluíssemos?!
Quantas vezes já não te perguntas-te "porquê eu?". Provavelmente, demasiadas vezes . Mais do que devias. Mais do que gostarias.

Tenta relativizar esses pensamentos, ser menos egocêntrico. Existe paisagem alem do teu umbigo! Há outras quantas pessoas a passar pelo mesmo. Sim, pelo mesmo. E tantas outras a passar por algo, de facto, semelhante.

Quantas borboletas já passaram pela fase de metamorfose? Não foste só tu.
Se relativizares certas coisas, tornam-se mais claras na tua cabeça e, nesse momento podes arruma-las ou simplesmente deixa-las andar por la, desde que estejam esclarecidas para ti e em ti.



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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A arte dos pensamentos silenciosos

A arte sempre foi uma terapia para mim. Pintar, representar, cantar e escrever.

Gosto de dar voz a quem ou ao que não pode ter uma voz.

Os meus pensamentos estão nesta cabecinha barulhenta e ao mesmo tempo silenciosa para a sociedade.
Eu até sou uma pessoa que, por norma, diz o que pensa mas há sempre pensamentos barulhentos que , lá está, não tem coragem de ganhar voz quando são expostos de forma tão indefesa à selvajaria que nos rodeia. Então eu dou-lhes voz nas palavras que escrevo.
Os pensamentos são perigosos e preciosos. Perigosos na medida em que podem nos levar por um caminho que não é nosso, ou pelo menos verdadeiramente nosso. Preciosos quando nos incentivam, a , ao contrário dos perigosos, a ser precisamente nós.
Estes últimos normalmente perdem a coragem e, levam algum tempo a ganha-la para ganhar som através dos nossos lábios. Nem sempre é fácil mete-los em prática. Porque, hoje em dia, é preciso uma força de vontade real para sermos fieis a nós próprios, coragem e foco.
Tal como a arte é difícil ter um futuro risonho quando saímos fora do rebanho. Mas porquê? Não tem de ser assim. Nem para a arte, nem para a veracidade de nós mesmos.

Essencialmente porque temos de usar de forma certa os nossos ... pensamentos.
Temos de os fazer ser úteis.
Temos de os fazer sentirem-se nossos.
Temos de os praticar.

À que por em prática a Arte. Ainda mais senti-la. E preciosamente, ser Arte. Sermos nós.