quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A arte dos pensamentos silenciosos

A arte sempre foi uma terapia para mim. Pintar, representar, cantar e escrever.

Gosto de dar voz a quem ou ao que não pode ter uma voz.

Os meus pensamentos estão nesta cabecinha barulhenta e ao mesmo tempo silenciosa para a sociedade.
Eu até sou uma pessoa que, por norma, diz o que pensa mas há sempre pensamentos barulhentos que , lá está, não tem coragem de ganhar voz quando são expostos de forma tão indefesa à selvajaria que nos rodeia. Então eu dou-lhes voz nas palavras que escrevo.
Os pensamentos são perigosos e preciosos. Perigosos na medida em que podem nos levar por um caminho que não é nosso, ou pelo menos verdadeiramente nosso. Preciosos quando nos incentivam, a , ao contrário dos perigosos, a ser precisamente nós.
Estes últimos normalmente perdem a coragem e, levam algum tempo a ganha-la para ganhar som através dos nossos lábios. Nem sempre é fácil mete-los em prática. Porque, hoje em dia, é preciso uma força de vontade real para sermos fieis a nós próprios, coragem e foco.
Tal como a arte é difícil ter um futuro risonho quando saímos fora do rebanho. Mas porquê? Não tem de ser assim. Nem para a arte, nem para a veracidade de nós mesmos.

Essencialmente porque temos de usar de forma certa os nossos ... pensamentos.
Temos de os fazer ser úteis.
Temos de os fazer sentirem-se nossos.
Temos de os praticar.

À que por em prática a Arte. Ainda mais senti-la. E preciosamente, ser Arte. Sermos nós.