domingo, 2 de fevereiro de 2014

Curto e grosso

Gostava de escrever um livro, de não ter muitas preocupações, de ter uma relação amorosa que me enchesse as medidas e cuidasse e mim. De ter boas notas na escola, de viver no estrangeiro, de ter muitos amigos verdadeiros.
Esta a saber bem, estar aqui sozinha, com o rabo frio do chão, com a cara paralisada do vento, com o coração estranho, meio adormecido e o meu cérebro esta num estado de part-time, só em determinadas alturas resolve funcionar.
Gosto de chocolate, gosto de beijos, gosto de gelados gosto de roupa e de dinheiro, gosto de escrever, gosto de amigos, gosto de ler, desenhar, dançar, representar, adoro falar mas tbm gosto bastante de ouvir.
Vou para casa, encontrar uma família: talvez triste, talvez alegre, talvez justa ou injusta, mas vou-me deparar com ela, inevitavelmente. É bom… acho eu!
Gosto de rir, gosto de chorar de alegria, gosto de gritar, gosto de exteriorizar o que sinto (embora muitas vezes não o faça), gosto de inventar personagens que em parte gostava de ser. Bem... acho que gosto de sonhar o que gostaria de viver.

1 comentário:

  1. Gosto de ti. Gosto de te saber na rua, com o rabo frio, ensimesmada nos teus pensamentos, pôr as ideias em ordem. Pôr-te em ordem com o caos do mundo. Saber que vais continuar em frente, como eu, como todos nós. A vida é isto e isto é simples. Complicadas são outras coisas: não ter uma família, não ter amigos, não ter um tecto para dormir, não ter sequer 1 euro para comprar um pão, não ter roupa para vestir, não ter água potável para beber, não saber o que fazer da vida, não ter sonhos, não ter projectos nem ideias. Para teres amor, não precisas de ir à procura dele. Ele está em ti, ele vai acontecer sempre que estejas bem e te ames. Ele acaba por desaguar em nós, quando estamos profundamente amando a nossa vida, o que fazemos. Quando estamos com alguém, ficamos vazios. O amar alguém esvazia-nos. Precisamos de estar sós, mesmo quando amamos, para nos enchermos de novo para o outro. Ou quando não temos ninguém, enchemo-nos e preenchemo-nos. E isto diz o Osho, já não sou eu. Até já, num post perto de nós. Ah, e gosto muito de ti!

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